graaande... tauê...
graaande... peter...
pô... legal...
assumindo que a ideia de contar histórias da minha vida...
tenha sido bem recebida por vocês...
vou "meter bronca" no projeto...
em outras palavras... vou "botar a mão na massa"...
(ou melhor... no teclado...)...
e ver se sai alguma coisa que presta... desses relatos...
no último email... eu ainda estava em boston...
meu pai estudando no MIT...(massachusets institute of technology...)...
minha mãe cuidando de mim e da minha irmã ana emília...
e... minha mãe tinha levado uma empregada...(a sebastiana...)...
do brasil... para ajudá-la nos afazeres domésticos...
morávamos num daqueles bairros residenciais tranquilos...
onde não havia muros entre as casas...
na rua... quase não havia carros...
e... eu... e minha irmã... ficávamos horas brincando na rua...
com o velocípede...
(aquelas bicicletinhas para criança... com três rodas...)...
aí... num belo dia... eu e minha irmã...
sem querer... nos perdemos... lá por aquelas ruas da vizinhança...
minha mãe... ficou desesperada... chamou a polícia...
e... a polícia acabou nos achando...
(meu pai... depois me contou... que a estratégia da policia...
foi dar uma geral... "varrendo" numa espécie de circulo grande...
as ruas da vizinhança...
depois... ia "varrendo" por círculos cada vez menores...
até nos achar...)
pena que meu pai não esteja mais aqui na Terra...
pois gostaria de ter desenvolvido mais... essa estória com ele...
anyway... sei que depois disso... meus pais resolveram botar duas coleirinhas...
como se fossem coleirinhas de cachorro... em mim e na ana emíla...
com o nome... endereço... e... telefone...
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eu morei em boston...
dos seis meses de idade...
até os três anos de idade...
não me lembro de nada...
a não ser essas duas estórias que meus pais contaram...
a do funil... e a da coleirinha de cachorro...
de boston... fomos pra recife...
onde morei dos três aos seis anos de idade...
nessa época...
eu não fazia nada na vida...
ficava o dia inteiro... sentado no muro...
vendo os carros passarem...
que eram poucos... na época...
engraçado...
como a criança... é um ser inocente...
é capaz de ficar horas e horas...
sem preocupação...
só curtindo a paisagem...
sem pensar em nada...
sem medos...
sem ambições...
só curtindo o momento...
quando passa uma formiga...
a criança...
simplesmente olha a formiga...
simplesmente acompanha seu movimento...
é como se fosse um cachorro...
inocente...
desde que esteja bem alimentado...
sem doenças...
com o sono em dia...
a vida... é... simplesmente... a vida...
paz... sem julgamentos...
sem complexos...
sem obrigações...
(aliás... essa é mais ou menos...
a doutrina yoga...
ela diz que todos nós... mesmo adultos...
podemos...(e... devemos...)... exercitar o exercício de ficar todo dia...
pelo menos quinze minutos... sem fazer nada... só respirando...
sem pensar em nada... tal qual aquela criança...
com quatro anos de idade... (ou cinco)...
sentada no muro... vendo os poucos carros passarem...)
em resumo... vivendo o momento...
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paro por aqui...?
paro por aqui...
senão... vocês vão se atrasar para os quinze-minutos-de-yoga...
ficam com Deus...
Deus proteja vocês...
até já...
um abraço apertado...
seu pai...
...luis antonio...